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Conheça os 7 ramos que representam as cooperativas no Brasil!
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Conheça os 7 ramos que representam as cooperativas no Brasil!

O cooperativismo no Brasil é um movimento econômico e social de grande relevância, marcado pela união de pessoas em torno de interesses comuns, visando o bem-estar coletivo e o desenvolvimento sustentável. Uma das estruturas que caracterizam o cooperativismo é a divisão em ramos, que agrupam as cooperativas de acordo com o tipo de atividade que desenvolvem.

No Brasil, até o ano de 2019, eram reconhecidos 13 ramos cooperativistas, porém, em 2020, essa estrutura foi simplificada para 7 ramos. Essa reorganização busca uma maior adequação às necessidades das cooperativas e um fortalecimento do cooperativismo no país, permitindo uma representação mais eficaz e um atendimento mais estruturado às cooperativas. Neste texto, vamos explorar mais a fundo esses 7 ramos que representam as cooperativas no Brasil, destacando sua importância e as áreas de atuação de cada um.

Como foi o início do cooperativismo no Brasil?

O cooperativismo no Brasil teve seu início marcado pelo surgimento das primeiras cooperativas de crédito, influenciadas pelo movimento cooperativista europeu do século XIX. A primeira cooperativa de crédito do país foi fundada em 1902, na cidade de Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul, por iniciativa de Padre Theodor Amstad, um líder comunitário de origem suíça.

Com o passar dos anos, o cooperativismo foi se expandindo para outros setores da economia, como agropecuária, consumo, trabalho, saúde, entre outros. A década de 1970 marcou um período de grande crescimento para o cooperativismo brasileiro, com a criação de diversas cooperativas em diferentes ramos de atividade.

Atualmente, o cooperativismo no Brasil está presente em praticamente todos os setores da economia, contribuindo significativamente para o desenvolvimento socioeconômico do país. 

 

Qual a importância do cooperativismo para o Brasil?

Qual a importância do cooperativismo para o Brasil?

O cooperativismo desempenha um papel fundamental para o Brasil em diversos aspectos. Em primeiro lugar, as cooperativas são importantes agentes de inclusão social e econômica, promovendo o desenvolvimento local e regional ao gerar empregos, renda e oportunidades para os cooperados e comunidades onde estão inseridas.

Além disso, o cooperativismo contribui para o fortalecimento da economia brasileira, especialmente em setores como agricultura, pecuária, crédito, saúde, consumo, entre outros. As cooperativas possibilitam que pequenos produtores e empreendedores tenham acesso a mercados e condições de trabalho mais justas, aumentando sua competitividade e garantindo sua sustentabilidade.

Outro aspecto importante é a promoção da educação cooperativista e da cultura da cooperação, valores essenciais para o fortalecimento da democracia e da cidadania. O cooperativismo incentiva a participação ativa dos cooperados na gestão e nos resultados das cooperativas, estimulando o senso de responsabilidade, solidariedade e colaboração.

Além disso, as cooperativas contribuem para a redução das desigualdades sociais e regionais, ao possibilitar o acesso a serviços e benefícios que muitas vezes não seriam viáveis de forma individual. Dessa forma, o cooperativismo é uma importante ferramenta para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável.

Quais são os 7 ramos das cooperativas no Brasil?

As cooperativas desempenham um papel fundamental em diversos setores da economia, tanto nas áreas urbanas quanto rurais. Para facilitar sua organização e representação, as cooperativas foram divididas em ramos, cada um reunindo cooperativas que realizam trabalhos semelhantes. Até 2019, o Brasil tinha 13 ramos distintos, mas em 2020 passou por uma modernização e reestruturação, reduzindo para sete ramos principais.

A reorganização dos ramos cooperativistas visa aproximar o Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) da realidade das cooperativas, gerando mais benefícios tanto para os membros das cooperativas quanto para a economia como um todo. Os sete ramos resultantes são:

 Cooperativas Agropecuárias

As cooperativas agropecuárias desempenham um papel crucial no setor agrícola do Brasil, que é um dos maiores do mundo. Essas cooperativas são organizações formadas por agricultores e pecuaristas que se unem para melhorar suas condições de produção, comercialização e qualidade de vida.

Cooperativas Agropecuárias

Uma das principais vantagens das cooperativas agropecuárias é a capacidade de agregar valor aos produtos dos seus cooperados. Isso ocorre por meio da compra conjunta de insumos, da venda coletiva da produção e do processamento dos alimentos, o que muitas vezes resulta em melhores preços e condições de mercado para os produtores.

No contexto brasileiro, as cooperativas agropecuárias têm um grande potencial de crescimento e desenvolvimento, especialmente diante dos desafios do mercado globalizado e da busca por práticas mais sustentáveis e responsáveis. Através da cooperação, os agricultores e pecuaristas podem enfrentar esses desafios de forma mais eficaz, garantindo a sua permanência e sucesso no setor agropecuário.

Cooperativas de Crédito

As cooperativas de crédito desempenham um papel crucial no sistema financeiro brasileiro, oferecendo serviços financeiros de forma democrática e transparente aos seus membros. Elas são organizações formadas para poupar e obter crédito a taxas mais favoráveis, além de oferecerem outros serviços financeiros regulamentados pelo Banco Central do Brasil, como cartão de crédito, financiamento e plano de previdência privada. Essas instituições são reguladas pelo Banco Central e têm como objetivo principal prover serviços financeiros aos cooperados por meio da mutualidade, garantindo o acesso aos instrumentos do mercado financeiro.

As cooperativas de crédito têm uma estrutura de propriedade e governança baseada no princípio de um membro, um voto, o que garante uma gestão mais democrática e transparente. Além disso, estão mais próximas de seus membros, permitindo uma análise mais personalizada na concessão de crédito e promovendo o desenvolvimento econômico e social das comunidades locais. Com o crescimento do setor financeiro cooperativo, as cooperativas de crédito têm se mostrado uma alternativa viável e sustentável para aqueles que buscam serviços financeiros mais justos e transparentes.

Cooperativas de Infraestrutura

As cooperativas de infraestrutura são fundamentais para o desenvolvimento e aprimoramento das comunidades, atuando em setores como energia, água, transporte, telecomunicações e habitação. Elas têm o objetivo de prover serviços essenciais de forma eficiente, acessível e sustentável, garantindo a qualidade de vida e o bem-estar dos cooperados e da comunidade em geral. Além disso, essas cooperativas buscam promover a inclusão social e econômica, levando infraestrutura de qualidade para regiões que muitas vezes são negligenciadas pelo setor privado.

A atuação das cooperativas de infraestrutura vai além da prestação de serviços básicos, envolvendo também ações de responsabilidade social e ambiental. Elas buscam soluções inovadoras e sustentáveis para as demandas locais, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental das regiões onde estão inseridas. Por meio do cooperativismo, essas organizações conseguem unir esforços e recursos para enfrentar desafios comuns, promovendo o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Cooperativas de Saúde

As cooperativas de saúde desempenham um papel fundamental na oferta de serviços médicos de qualidade, acessíveis e centrados no paciente. Elas permitem que os profissionais de saúde trabalhem de forma colaborativa, compartilhando recursos e conhecimentos para melhor atender às necessidades dos pacientes. Além disso, essas cooperativas proporcionam aos cooperados uma maior autonomia e participação na gestão de seus próprios serviços de saúde, garantindo uma abordagem mais humanizada e personalizada no cuidado com a saúde.

Ao unirem forças, os profissionais de saúde cooperados podem oferecer uma gama mais ampla de serviços, abrangendo desde a prevenção até o tratamento de doenças complexas. As cooperativas de saúde também contribuem para a redução de custos, uma vez que permitem uma melhor gestão dos recursos disponíveis e evitam desperdícios. Além disso, ao adotarem práticas baseadas na cooperação e na solidariedade, essas cooperativas promovem uma saúde mais equitativa e inclusiva, atendendo às necessidades de toda a comunidade.

Cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços

As cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços têm um papel crucial na promoção do emprego e no desenvolvimento econômico local. Elas proporcionam uma alternativa de trabalho digno e autogestionado, permitindo que os trabalhadores se organizem de forma coletiva para gerir seus próprios meios de produção. Essas cooperativas estimulam a criação de empregos sustentáveis e a geração de renda, contribuindo para a redução da desigualdade social e para o fortalecimento da economia local.

Além disso, as cooperativas deste ramo promovem a capacitação e o desenvolvimento profissional dos cooperados, incentivando a formação de uma mão de obra qualificada e comprometida com os princípios cooperativistas. Elas também estimulam a inovação e a criatividade, pois permitem que os trabalhadores participem ativamente da tomada de decisões e do desenvolvimento de novos produtos e serviços. Dessa forma, as cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços contribuem para o desenvolvimento socioeconômico sustentável das comunidades onde estão inseridas.

Cooperativas de Transporte

As cooperativas de Transporte desempenham um papel fundamental na mobilidade urbana e regional, oferecendo serviços de transporte de passageiros e cargas de forma eficiente e sustentável. Elas contribuem para a melhoria da qualidade de vida nas cidades, proporcionando um transporte seguro, acessível e de qualidade para a população. Além disso, as cooperativas deste ramo promovem a integração entre diferentes regiões e comunidades, facilitando o acesso a serviços essenciais e impulsionando o desenvolvimento econômico e social.

Ao adotar o modelo cooperativista, as empresas de transporte valorizam a participação ativa dos trabalhadores no processo decisório e a busca por soluções coletivas para os desafios do setor. Isso resulta em uma gestão mais democrática e transparente, que busca o equilíbrio entre as necessidades dos cooperados, a eficiência operacional e o atendimento às demandas da sociedade. Assim, as cooperativas de Transporte se destacam como agentes de transformação, promovendo a sustentabilidade e a inclusão social por meio de um serviço essencial para o desenvolvimento das comunidades.

Cooperativas de Consumo

As cooperativas de consumo têm como objetivo principal atender às necessidades dos consumidores, oferecendo produtos de qualidade a preços acessíveis. Essas cooperativas realizam compras em comum, tanto de produtos quanto de serviços, para seus cooperados, visando obter melhores condições de preço e qualidade dos produtos. Dessa forma, os cooperados têm a oportunidade de adquirir alimentos, produtos de higiene, limpeza e outros itens de necessidade básica a preços mais vantajosos, além de terem voz ativa na gestão e nas decisões da cooperativa. Engloba, também, as cooperativas formadas por pais para contratação de serviços educacionais e também aquelas de consumo de serviços turísticos.

Além de proporcionar benefícios econômicos aos seus membros, as cooperativas de consumo também promovem valores como solidariedade, democracia e responsabilidade social. Ao estimular o consumo consciente e a valorização dos produtos locais, essas cooperativas contribuem para o desenvolvimento sustentável das comunidades, fortalecendo a economia local e reduzindo o impacto ambiental. Assim, as cooperativas de consumo se destacam como uma alternativa viável e democrática para a aquisição de produtos e serviços, promovendo o bem-estar dos consumidores e o fortalecimento da economia solidária.

Em conclusão, os sete ramos do cooperativismo no Brasil representam a diversidade e a força do movimento cooperativista no país. Cada ramo atende a necessidades específicas de seus cooperados, seja no campo, nas cidades, na saúde, no crédito, na infraestrutura, no trabalho, na produção de bens e serviços, no transporte ou no consumo. A intercooperação entre esses ramos é fundamental para fortalecer o cooperativismo como um todo, promovendo o desenvolvimento econômico e social, além de garantir benefícios e melhores condições de vida para os cooperados e suas comunidades.

O que é o Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras)?

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) é o órgão máximo de representação do cooperativismo no Brasil. Fundada em 1969, a OCB tem como objetivo promover e defender os interesses do cooperativismo brasileiro, bem como coordenar, orientar e fomentar o desenvolvimento das cooperativas no país. A OCB atua como um órgão de representação política e institucional das cooperativas brasileiras, buscando garantir um ambiente favorável ao crescimento e fortalecimento do setor.

A OCB é responsável por articular ações em prol do cooperativismo junto aos poderes públicos, órgãos reguladores e demais entidades, visando a promoção e defesa dos interesses das cooperativas. Além disso, a organização desenvolve projetos e programas para capacitação, formação e desenvolvimento das cooperativas, contribuindo para o fortalecimento do modelo cooperativista no Brasil.

Importância da Intercooperação

Importância da Intercooperação

Não podemos deixar de falar sobre a importância da intercooperação ao falarmos sobre as cooperativas brasileiras. A intercooperação é de extrema importância para o fortalecimento do cooperativismo, pois permite que as cooperativas atuem de forma conjunta, compartilhando recursos e conhecimentos, visando benefícios mútuos. Esse tipo de cooperação possibilita a realização de projetos e ações que seriam inviáveis para uma cooperativa individualmente, ampliando as oportunidades de negócio e aumentando a competitividade no mercado.

Entre os principais benefícios da intercooperação estão a redução de custos operacionais, a otimização de processos, o acesso a novos mercados e a ampliação da capacidade de negociação. Além disso, a intercooperação promove o desenvolvimento sustentável das cooperativas envolvidas, fortalecendo o setor como um todo e contribuindo para a geração de emprego e renda nas comunidades onde estão inseridas.

Ressaltando essa importância, o Projeto Piloto “Apoio à Intercooperação” faz parte do Programa Brasil Mais Cooperativo e tem como objetivo impulsionar estratégias de negócios, aprimorar processos e boas práticas de gestão, além de facilitar o contato entre cooperativas e promover o intercâmbio entre elas. A iniciativa é uma parceria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF/DECAM), com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA). Lançado em outubro de 2020, o projeto visa fortalecer os negócios cooperativos, especialmente da agricultura familiar, promovendo a intercooperação como estratégia para o desenvolvimento econômico e social.

 

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